Camaçari celebra 267 anos com educação, cultura e cidadania no centro das comemorações

Por Redação Território1
Atualizado em 28/09/2025

Camaçari celebrou, neste 28 de setembro de 2025, seus 267 anos de emancipação política com uma programação que envolveu escolas, desfiles cívicos, manifestações culturais e shows populares. A cidade reafirmou sua identidade como um dos principais polos econômicos e culturais da Bahia, mas também como um território que valoriza a educação, a inclusão e o sentimento de pertencimento.

Educação como pilar das comemorações

A Secretaria da Educação (Seduc) organizou uma programação pedagógica especial nas escolas municipais. O tema deste ano foi “Camaçari Educadora: cuidados que inspiram e reconectam pessoas”, destacando o papel da cidade como espaço de aprendizagem viva.

Segundo o secretário Márcio Neves, o currículo integral ampliado permite que os alunos vivenciem experiências ligadas à arte, cultura, esporte e história local, ultrapassando os limites da sala de aula e conectando educação à vida comunitária.

Entre os avanços recentes da rede estão:

Implantação do Sistema de Gestão e Diário Digital;

Criação dos Guardiões Escolares para reforço da segurança;

Reativação dos Grêmios Estudantis;

Ampliação do Programa Saúde na Escola;

Parceria com a Unilab para curso de Educação das Relações Étnico-Raciais;

Convênios com a Fiocruz para implantação de laboratórios de Ciências;

Salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e formações para docentes.

A Seduc também projeta metas para os próximos anos, como correção da distorção idade-série, oferta de educação bilíngue, ampliação da EJA profissionalizante e mais investimento em práticas esportivas.

O desfile cívico: pertencimento e identidade

O ponto alto das comemorações foi o desfile cívico na Avenida 28 de Setembro (antiga Radial A).

Mais de 300 estudantes participaram, trazendo subtemas sobre tradição, sustentabilidade, inclusão e futuro.

Fanfarras, escolas e blocos culturais coloriram a avenida, reforçando a dimensão simbólica do evento.

A diretora pedagógica Alexandra Pereira destacou o apoio das famílias na organização.

Moradores antigos, como Hedieleuza Maria Carneiro, emocionaram-se ao relembrar décadas de vínculo com o desfile.

Um dos destaques foi o Bloco da Inclusão, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), que reafirmou o compromisso da cidade com acessibilidade e diversidade.

Cultura, música e mídia local

Além dos desfiles, a programação contou com:

Manifestações culturais como capoeira, samba de caboclo e grupos percussivos;

O show de Xanddy Harmonia, que arrastou multidões e encerrou a noite em clima de festa popular;

Jornais da região resgataram a trajetória histórica e cultural da cidade, revisitando temas como indústria, comércio, educação e política.

Essas iniciativas reforçaram a integração entre tradição, memória e modernidade, consolidando os 267 anos como marco não apenas de celebração, mas também de reflexão sobre os rumos de Camaçari.

A cidade educadora e seus desafios

Apesar do clima de festa, os desafios também foram reconhecidos pela gestão. Entre eles:

Estruturas físicas deterioradas em parte das escolas;

Falta de valorização profissional e condições de trabalho adequadas;

Necessidade de elevar os indicadores de proficiência e alfabetização.

Segundo o secretário Márcio Neves, já há avanços e pactuações em andamento, mas ainda é preciso garantir escolas dignas, professores respeitados e estudantes cheios de esperança.

Conclusão

Ao celebrar seus 267 anos, Camaçari reafirma o papel de cidade educadora, inclusiva e culturalmente rica, onde tradição e modernidade se encontram.

As comemorações mostraram que pertencimento, cidadania e educação não são apenas slogans, mas práticas vivas que conectam passado, presente e futuro. O desafio agora é transformar esse espírito cívico em políticas públicas permanentes, capazes de preparar a cidade para os próximos 267 anos.

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