Coletivos Bahia Pela Paz são inaugurados no PHOC1 e Abrantes, ampliando rede de proteção à juventude em Camaçari.

Por território 1

A iniciativa integra o Programa Bahia Pela Paz, coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), e posiciona Camaçari como um dos municípios estratégicos da Região Metropolitana de Salvador no enfrentamento às vulnerabilidades sociais que impactam diretamente a juventude.

Atendimento psicossocial pode alcançar até 500 famílias por mês

Com a abertura das duas unidades, a previsão é de atendimento de até 500 famílias por mês em Camaçari. Cada Coletivo terá capacidade para acompanhar entre 150 e 250 famílias mensalmente, oferecendo acolhimento gratuito, escuta qualificada e acompanhamento contínuo.

Durante a inauguração, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, destacou que os Coletivos foram pensados como equipamentos permanentes de juventude, com atuação integrada entre assistência social, cultura, educação e direitos humanos, já o prefeito Caetano destacou que seu objetivo é construir oportunidades que garantam um futuro melhor para nossos jovens

Além do atendimento psicossocial, os espaços em Camaçari irão concentrar ações do programa Corra Pro Abraço, iniciativas de profissionalização da juventude e editais de cultura, voltados ao fortalecimento de grupos culturais locais.

Prevenção da violência como política pública estruturante

Os Coletivos Bahia Pela Paz atuam de forma preventiva em territórios marcados por elevados índices de vulnerabilidade social e violência, buscando reduzir fatores de risco e ampliar oportunidades de desenvolvimento humano.

Para o subsecretário de Segurança Pública, Marcel de Oliveira, a proposta é alcançar jovens mais expostos à violência antes que sejam cooptados pelo crime organizado.

Gilberto D’Errico, superintendente do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) de Camaçari, disse que ao proteger a juventude e colocá-la no centro das políticas públicas, possibilita não só ampliar e qualificar a rede de proteção, mas criar novas trajetórias de vida mais seguras e sustentáveis.

O atendimento é realizado por equipes multiprofissionais, formadas por psicólogos e assistentes sociais, com foco no cuidado integral de jovens e de suas famílias.

Cultura, pertencimento e transformação social

A cultura é um dos eixos centrais do modelo dos Coletivos. Natural de Camaçari, o artista Rilk MC, de 33 anos, destacou o papel dos novos equipamentos como catalisadores de políticas afirmativas voltadas à juventude.

Os Coletivos também estimulam a participação comunitária e a articulação com coletivos culturais, artistas e educadores locais, fortalecendo o sentimento de pertencimento e identidade nos territórios atendidos.

Expansão do Bahia Pela Paz na Bahia

Segundo a Deputada Federal Ivoneide Caetano, já são 12 unidades dos Coletivos Bahia Pela Paz em funcionamento nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Jequié Valença, e agora Camaçari, envolvendo cerca de 180 profissionais dedicados ao cuidado integral da juventude.

O modelo prevê articulação direta com organizações da sociedade civil e serviços da assistência social, ampliando o acesso às políticas públicas e fortalecendo a rede de proteção social no estado.

Os Coletivos são coordenados pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), em parceria com a Organização da Sociedade Civil Comunidade Cidadania e Vida (COMVIDA), além do apoio de órgãos do sistema de Justiça e de outras secretarias estaduais.

Camaçari como território estratégico de políticas sociais

A implantação dos Coletivos Bahia Pela Paz em Camaçari reforça o papel do município como território estratégico para políticas públicas voltadas à juventude na RMS. A iniciativa dialoga diretamente com desafios históricos relacionados à violência, desigualdade social e acesso a oportunidades, destacou o vereador Tagner Cerqueira.

Ao apostar em prevenção, cuidado psicossocial, cultura e qualificação profissional, o programa criado pelo governador Jerônimo Rodrigues contribui para a construção de soluções estruturantes e de longo prazo, alinhadas a modelos internacionais de desenvolvimento humano e segurança cidadã.

Fotos: Nelinho Oliveira

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *